terça-feira, 31 de julho de 2012

MIXCONSCIENCE: Have you ever thought about that?


     Every 15 seconds this amount of garbage is put into the Ocean. And although Switzerland has no salty water, the sea's garbage is right there, until 23rd September, at Zurich Museum of Design. The interesting exhibition is called The Plastic Garbage Project and warns about the sea's situation nowadays. The project presents collected plastic garbage from all the world's seas and shows details of this ecological catastrophe. To bring the awareness that there's not a single square kilometer of seawater free of not biodegradable plastic particles is a mission of this beautiful project. Whoever takes part can also understand that not only the pollution caused to the animals and water is the biggest problem, but also the food chain (fed by the broken and smaller pieces of plastic) that ends up in our plates.
     The garbage costs for all of us a lot, but the entrance to this exhibition is free.
     To see more details about the exhibition, click the link below:





quarta-feira, 25 de julho de 2012

MIXDADOS: E como fica a questão das classes no Brasil?

   
     Para complementar a última notícia do blog sobre a fortuna dos super ricos, há uma pesquisa interessante realizada pelo Data Popular (SP). A evidência do crescimento da Classe Média no Brasil (hoje 55,2%) suscita várias questões, inclusive o fato de que os números apontam as pessoas recém-chegadas à nova classe mas desconsideram os créditos em geral adquiridos, que também não param de crescer. O poder aquisitivo da maior classe atual do Brasil (em detrimento das classes de Alta Renda 9,6% e Baixa Renda 35,2%) tem causado certo descontentamneto de parcela dos antigos e poucos privilegiados. Conforme a empresa de Pesquisa e Marketing, a seguir estão as respostas desse grupo:

Produtos deveriam ter versões para ricos e para pobres 55,3%
A qualidade dos serviços piorou com o maior acesso da população 48%
O aumento das filas  no cinema me incomodam 62,8%
Prefiro ambientes com pessoas do meu nível social 49,7%
Pessoas mal vestidas deveriam ser barradas em certos lugares 16,5%
O metrô aumentou a circulação de pessoas indesejáveis na região 26,4%
Todos os estabelecimentos deveriam ter elevadores separados 17,1%


     Dados interessantes, mas será que todo mundo que participou é mesmo rico? Na mesma pesquisa, foi constatado que mais de um terço da Alta Renda se acha de Baixa Renda, e mais da metade se vê como de Classe Média. Que confusão, hein?! :O

segunda-feira, 23 de julho de 2012

MIXNOTÍCIA: Brasileiros detêm fortuna de um trilhão de reais isenta de impostos

     A lei que foi sancionada há poucos dias, cujo principal objetivo é banir a lavagem de dinheiro no Brasil, vai dar muito trabalho para as autoridades. Os super ricos brasileiros detêm em paraísos fiscais fortuna que chega a US$ 520 bilhões de dólares (um trilhão em moeda real), o equivalente a um terço do PIB, ou seja toda a riqueza produzida no país em um ano. Ao todo são 139 países que sonegam impostos sobre o valor de quase US$32 trilhões de dólares e o Brasil está em 4° lugar na maior quantia depositada em contas offshore - modalidade sobre a qual as autoridades tributárias dos países não têm como cobrar impostos. A revelação foi feita ontem, a partir de um estudo escrito pelo ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, James Henry, que classificou a riqueza privada como o "grande buraco negro da economia mundial."

domingo, 22 de julho de 2012

FEEDBACKCULTI: Muito obrigada e desculpem meus leitores, mas meu nome não é "Alice"

    É impressionante como praticamente em todos os sentidos, a verdade dói, incomoda. E isso acontece somente porque vivemos num mundo de "mentiras" ou simplesmente porque temos o hábito de não julgar a nós mesmos e, no fim, estarmos tão vulneráveis e sensíveis às ofensas que causa a dita cuja. A regra tem a mesma idade do ser humano, mas os sistemas, governos, poderes e autoridades em geral a seguem com muito rigor, infelizmente. Muito obrigada por todos os emails, visitas e comentários (desculpem as falhas técnicas no blog, para todos que não conseguiram postar). Recebi um retorno muito rico e polêmico (por isso, bom) sobre a última reportagem aqui publicada "Bahamas longe das lentes turísticas", que bateu o recorde de leituras, por isso me senti na obrigação de desabafar com esse feedback.
    Justamente nove anos atrás, quando era estudante de Jornalismo, criei com amigas um website (hoje quase em desuso, mas ainda acessível) sobre Jornalistas Assassinados na época da ditadura militar no Brasil. O tema, na época, já chamou minha atenção pois é muito realista e sempre atual. Deus me livre dessa realidade estar próxima de mim ou de meus grandes amigos jornalistas, mas hoje me deparei pensando seriamente nessa questão. Uma das minhas irmãs me ligou de Brasília, meio assustada com o texto e super preocupada se não era perigoso postar algo assim. Afinal, eu mesma fiz questão de ressaltar de forma contundente como faltam regras nesse país. Melhor não brincar com isso.
     Fiquei super chateada, pois tinha tido o maior trabalho para traduzi-la para inglês e só estava esperando uma "passada de olho" de edição de uma amiga americana para finalmente publicar, feliz da vida.  Na verdade nem tinha pensado muito além, que aqui não tem regra, que ando para cima e para baixo quase sempre sozinha, etc. Que um bahamense poderia eventualmente ler (pois mandei para vários conhecidos), se ofender e a história não parar por aí. Depois da paranóia me questionei, mas onde entra então minha liberdade? E a questão da verdade, como lidar com isso? É proibido proibir, não?! Já dizia a escritora Hannah Arendt: "não há esperança de sobrevivência humana sem homens dispostos a dizer o que acontece".
      É triste saber que a tal Liberdade de Imprensa, proclamada em 3 de maio de 1991 na Namíbia, parece estar caçada pelos ofendidos no quatro cantos do mundo onde há corrupção. Eu, como jornalista, não só tenho direito como o dever de falar a verdade, de mostrar o que acontece sem parcialidades. Caso alguém tem interpretado mal a reportagem (principalmente um bahamense que eventualmente a tenha conseguido entender), talvez tenha usado uma crítica forte sim, mas de cunho construtivo e realista. Não quero mudar o mundo nem meu objetivo é "detonar" ou depreciar esse país que adoro viver. Aqui poderia construir minha família, não ando carregada de preconceitos, respeito todos e sou por isso muito respeitada. Além do mais, sou da opinião que o estrangeiro que só fala mal de onde vive e não sabe se integrar, deve voltar ao país de origem. Parto do princípio que se estou morando fora do meu, alguma coisa aqui também vim buscar, não?!
      Graças a Deus, moro numa parte das Bahamas onde as lentes turísticas conseguem alcançar. Mas realmente tenho pena daqueles cidadãos que vivem entregues ao descaso dos governos, das ruas que poderiam ser muito mais cuidadas, da paisagem linda que poderia ser bem mais frutífera e do sistema injusto cujo lucro do turismo é incapaz de melhorar a vida de quem nasceu aqui e merece também sorrir nesse país bonito. Meu coração dói quando vejo pessoas que não tem com o que contar, e que a sua educação só lhe instrui à subserviência, a repetir "Sim, senhor", ao invés de estimular sua inteligência, sua criatividade. Melhor mesmo não brincar com a falta de regras, mas prometo não só escrever as queridas matérias de viagem. Pra censura, sempre bom um olho bem aberto e o outro fechado, mas não estudei nem sou fui educada para ser alguém que mente ou se incomoda com a verdade. E uma das certezas que tenho é que estou longe de ser "Alice, no país das maravilhas". Obrigada a todos pela confiança e compreensão.

PS. Para fechar o tema, dedico um trecho de poema lindo da Cecília Meirelles (abaixo). Beijo, beijo, tchau.

"Liberdade: palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda. E a vizinhança não dorme, murmura, imagina, inventa, não fica bandeira escrita, mas fica escrita a sentença (...)"


sexta-feira, 20 de julho de 2012

MIXREPORTAGEM: Bahamas longe das lentes turísticas

Bandeiras bahamenses na rua principal, Shirley Street, que liga o Este a Oeste de Nassau 

     Após 325 anos de regras britânicas, em 10 de Julho de 1973 finalmente as ilhas Bahamas passaram a ser uma nação soberana, com total independência. Hoje, quase 40 anos depois da conquista, entre tantos aspectos precários no país, os mais urgentes são segurança, educação e administração. A falta de regras nas ilhas - principalmente na turística capital Nassau - é o que mais afasta os habitantes de desenvolvimento. O retrocesso de ar colonial no país já é notório pra quem chega no centro da cidade e flagra, além dos buracos nas ruas, carroças intensificando o trânsito; já pra quem entra um pouco mais na ilha, a falta de iluminação, policiamento e sinais de trânsito só ratificam a sensação da grande bagunça de estar num paraíso abandonado.

Apesar da cadente taxa de natalidade, há muitas crianças na ilha
     Paraíso porque é assim que os turistas vêem as Bahamas, e da mesma forma o país é "vendido". O mar parado e as águas cristalinas de suas praias são realmente fantásticos, mas politica e socialmente o país está chegando numa situação crítica de dar pena. De dez anos pra cá muitas empresas e bancos deixaram de investir no país, enfraquecendo assim sua economia, cujo turismo representa a atividade mais importante. Esta, por sinal, vem sinalizando queda uma vez que os americanos eram os clientes mais frequentes e, por conta de dificuldades financeiras, tem se tornado eventuais.

     Por falar em consumo, Nassau está bem perto de ser uma província, onde parece abrir um restaurante e fechar uns três por ano. A falta de opção na cidade é tão incrível que ela parece estar localizada numa era remota. Não se acham copos, nem talheres, nem móveis, nada, ao não ser que se pague quatro vezes mais (quando se encontra). Além disso, mesmo estando ao lado dos EUA o residente daqui só tem direito à isenção do imposto de compras no valor de US$ 300,00, duas vezes ao ano. Ou seja, caso o bahamense (cujo salário em uma loja comercial por exemplo varia em torno de US$700,00) tenha dinheiro para viajar, o mesmo deve economizar para duas viagens caso queira usar toda a isenção. No aeroporto, de forma primitiva, a imigração realiza o processo de "vasculhamento" (não há outras palavras para o que eles fazem com as malas), exigindo a entrega de todos recibos, que eventualmente poderiam ser necessários pra outro fim. Não tem sentido.

Shoppings são em geral vazios e desertos, muitas lojas fechadas
     Mas isso é só um detalhe perto da violência, questão que mais assusta bahamenses e expatriados aqui residentes. Desde um ano, tem sido mais frequentes assaltos a mão-armada em lojas de conveniência, postos de gasolina e até mesmo nos grandes navios que aqui chegam repletos de turistas. Segundo o jornal Nassau Guardian, foram registrados 127 homicídios em 2011 e 94 em 2010 (incluindo dois turistas americanos). De acordo com o relatório das Nações Unidas sobre crime e violência de 2007, as Bahamas tem o mais alto índice de estupros por habitante reportados no mundo; esse número aumentou de 2010 para o ano passado em 37%, e parece atualmente não estar diminuindo. De forma curiosa, um canal local de Tv (o mesmo que transmite anúncios de mortes e aniversários) adverte com dicas de como não criar criminosos; uma delas é lembrar de como é ruim o ambiente de cadeia e a liberdade que se perde com ela. Construtiva, mas remota tal comunicação. 

     A falta de regras é o pior no arquipélago. Muitos bahamenses até falam que nem sempre se pode contar com a polícia e que os números de emergência funcionam esporadicamente. A Polícia é negligente e só aparece onde tem turista. No "paraíso esquecido", o serviço mais eficiente e rápido é o reboque de carro; basta deixar alguns minutos o automóvel no centro ou em lugar proibido para ter que pagar um multa de US$80,00 e passar o dia correndo atrás de resgatá-lo. Principalmente em cidades turísticas, pegar um taxi é algo comum, mas no caso das Bahamas, se for após as 22h já fica quase impossível. Também não existe "disque-Taxi". Incêndio é que faz parte da rotina; sempre se vê num canto da ilha uma fumaça que permanece o dia todo no céu, indicando que algum estabelecimento ou casa pegou fogo. Dizem que na maioria das vezes é proposital. Quem vai saber?

O lixo invade terrenos, casas e até carros
     No meio da ilha as ruas são terríveis. À noite há postes que, é claro, não funcionam ou são desligados aos domingos e feriados; é um "salve-se quem puder" danado. Com um precário transporte público, regras no trânsito não existem, possibilidade de ir andando, muito menos. Durante o dia, longe dos pontos turísticos, é bem nítida a desordem: lixo pra todo lado, bêbados andando, jovens desocupados vivendo num desleixo sem limites, cujo resultado mais óbvio é a droga e a criminalidade. Nas Bahamas não se recicla lixo nem latas nem vidros, não há preferência para idosos ou gestantes. Feiras de frutas, ninguém sabe o que é. Água de coco, suco de frutas frescas, nem adianta pedir em restaurante. Provavelmente isso dá muito trabalho. Aqui se plantando, talvez tudo desse. Mas infelizmente o paraíso "independente" está, assim como suas águas, muito parado.

Mackey Street, depois de uma chuva, quase alagada  


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Miss Bahamas 2012: who will get the crown?


     In a country, where there are more fat women that wherever, the Contest proves that to be a miss is a demanding task, as anywhere. Talking about dreams, life's ambitions, favorite things and hobbies is also a commonplace in the event, which final will take place on Sunday, 29th July at the Ballroom, Atlantis. Meanwhile the 14 contestants are getting prepared for the Float Parade, Swimsuits and Talents Competitions and, of course, dreaming with the challenging crown.

    To see more details about the contestants, click the link below:
    http://2010.missbahamas.net/node/4

quarta-feira, 11 de julho de 2012

MIXOPINION: God bless the Americans!


      Last week, on the 4th of July (USA's Independence Day), I coincidently had a very interesting conversation with an American guest who was staying at a hotel in the Bahamas. Myrella was her name; she was ecstatic for enjoying a vacation in a "paradise", where everyone is cool, everything very relaxing and every kind of music is danced to. Myrella and her husband retired after 20 years serving the American Army and are current residents of Colorado. The were really happy with the opportunity to spend the holiday in such an exciting and fun country, after having dealt with sadness, deaths and several losses. During the relentess years of wars everything would have happened very fast: their children grew up, they lost a lot of friends and got older without realizing it. "Life is too short, baby", she convincely advised.
      So our chat suddenly turned to the subject of war. A delicate issue, besides my english far from faultless, that's very difficult to comment or even to quote, without somehow sounding foolish. Actually, we are very far from the war's reality, terror, nuclear weapons, although so intrinsically close. I felt an enormous respect and admiration to that family and just thought "thank godness" someone goes there for us, so we don't have to. I mentioned, with certain apprehension, what we hear most of the time in small talks - like usual blahblahblahs of someone that isn't aware of nothing and thinks he is, by reproducing sentences of general medias or other sources: people say, for example, it's only a matter of power that the Americans insist on wars, etc. By the way, I confirmed my totally diferent opinion and had a chance to express my admiration. "God bless the americans" - after all, it's conspicuous, if they wouldn't go to face the war, who would really be at the battlefield?
      My country for sure would never. Far away, neither a neutral country as Switzerland nor other financially unsteady nations. Neither a relaxing archipelago as the Bahamas, of course. Indeed, no one can deny it: the American is such a strong patriot citizen. It's impressing how it's so commun to see flags on every corner of the USA. Truth be told: there is a bunch of things only made by them, incredible. By the way I asked my new "friend" wheter she was one of those beautiful and anguished women of the Sunday movie series "Army Wives", that wait for their husbands coming back from the wars. She admitted by saying "unfortunately yes". I became curious wheter she had chosen her husband aware that he was a soldier and Myrella affirmed smiling: they met in Korea. "What a hard undertaking!", I felt stirred.
      After a while talking woman to woman, about convictions that we are much stronger than the men, although they "go to fight", we are much better at keeping our emotions under control  (...), Myrella told me the prayer was the only thing able to save and give her the strenght during all the times her husband was abroad. She, a strong woman, could survive, exceptionally likewise her marriage. At the end of conversation, I told her how much I appreciated speaking to her and each of us ran away to see the 4 of July fireworks and enjoy life; me, just happy and satisfied for remembering that my life has absolutely nothing extraordinary. She, even happier for having three more exciting vacation days, colorful with the ocean's turquoise water and other wonderful stuff to enjoy. Yes, "life is really too short!".

PS. Read below this text in portuguese :)

MIXNOTÍCIA: Novas regras para a lavagem de dinheiro no Brasil: será que vão por "água abaixo"?

      
     Finalmente a lavagem de dinheiro, ato ilegal de rotina praticado em todo país, será vista com mais rigor pela Justiça. A presidente Dilma Rousseff sancionou na última segunda-feira, 9, a lei que endurece tais crimes, permitindo enquadrar como lavagem qualquer recurso com origem oculta ou ilícita. A nova lei também amplia os tipos de profissionais obrigados a enviar informações sobre operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A medida alcança agora doleiros, empresários que negociam direitos de atletas ou comerciantes de artigos de luxo, entre outras atividades. Publicada ontem no Diário Oficial da União, a nova lei, de número 12.683, também cita os "laranjas" envolvidos na operação, que passarão a ser punidos com as mesmas penas do criminoso principal. Bens em nomes de terceiros, por sua vez, poderão ser apreendidos. Será que isso vai dar certo?
     Até então a legislação vigente (de 1998) apenas julgava valores com origem em crimes como tráfico de armas e drogas, extorsão por sequestros, terrorismo e contra a administração pública nacional ou estrageira e sistema financeiro como "dinheiro lavado". Com a nova lei, os bens dos acusados e dos "laranjas"  podem ser alienados antecipadamente por meio de decisão judicial. Os prazos de reclusão para as penas serão mantidos - de 3 a 10 anos -, apenas as multas aplicadas poderão ser elevadas de R$ 200 mil para até R$ 20 milhões, o que nesse caso faz muito sentido, uma vez que os grandes "lavadores" de dinheiro geralmente não mexem com valores pequenos. 
     O jogo do bicho e a exploração de máquinas caça-níqueis são exemplos de contravenções que podem ser punidas com mais rigor a partir de agora. Outra inovação é a delação premiada - já prevista na legislação anterior - que poderá ser realizada a qualquer tempo. Ou seja, mesmo depois do julgamento, caso o criminoso colabore com as investigações da Justiça, o mesmo pode se beneficiar com o instrumento e o juiz poderá trocar a pena. E durante o processo, o dinheiro recuperado pelas autoridades ou da venda de bens arrecadados nos leilões feito pela Justiça irá para uma conta vinculada dos estados e do Distrito Federal. No caso de absolvição, o recurso retornaria para os réus.
     As mudanças na lei podem ajudar muito o Judiciário, de acordo com um dos relatores, o senador José Pimentel. Inovações como a alienação mais rápida dos bens e recursos, que não estará mais permitida somente após o fim do julgamento, poderá ser fundamental para desmontar organizações criminosas que geramente se mantêm paralelamente aos processos. Com a lei mais dura, o artifício que consiste em tentar esconder a origem de bens ou quantias obtidos de forma ilegal talvez esteja perto de chegar ao fim ou aé diminua em consequência dos maiores riscos. Vamos acreditar né!?

quinta-feira, 5 de julho de 2012

MIOPINIÃO: God bless the Americans!

   
    Ontem, dia 4 de julho (Independência dos EUA), coincidentemente tive uma conversa super interessante com uma americana - hóspede de um hotel aqui das Bahamas. Myrella era o nome dela; estava feliz da vida por aproveitar um paraíso de férias, onde todo mundo é "cool", tudo é muito relaxante, e toda a música se dança. Aposentada após ter servido 20 anos ao Exército dos EUA, a atual residente do Colorado me contava que estava ainda mais contente pela oportunidade única de ela e o marido (soldado também aposentado) tirarem férias num país tão alegre e divertido, após terem lidado tanto tempo com tristezas, mortes e inúmeras perdas. Durante os anos de Exército, tudo teria acontecido muito rápido: seus filhos cresceram, perderam vários amigos e envelheceram sem se dar conta. "Life is too short, baby", advertiu com convicção.
    Foi aí que a tal da guerra chegou tão rápido à nossa conversa. Assunto delicado, que além do inglês longe de perfeições, muito difícil é comentar ou mesmo citar algo, sem falar bobagens. A verdade é que estamos muito longe da realidade de guerra, terrorismo, armas nucleares, apesar de tão intrinsecamente próximos. Senti muito respeito e admiração por aquela família, pois pensei, "graças a Deus" alguém vai lá por nós, que não vamos. Toquei no assunto - com muito receio - que muitas vezes ouvimos em conversas (tipo blablabla de quem não sabe nada e reproduz frases de mídias ou outras fontes) que os americanos insistem no tema guerra por interesses de poder, etc. Aproveitei para ratificar minha opinião, que não é essa de forma alguma, e para mostrar a minha admiração. "God bless the americans"* - afinal sempre penso, se eles não fossem lá enfrentar isso tudo, quem estaria no campo de batalha para enfrentar a guerra?
    Meu país com certeza, não. De longe, um país neutro como a Suíça ou desajustados financeiramente como vários outros,  muito menos um monte de ilhas "relax" que nem as Bahamas. É impressionante como nos EUA é comum se ver a cada esquina uma bandeirinha, o americano é muito patriota. Tem coisas que só eles conseguem fazer, incrível. Aliás, perguntei à minha "colega" se ela era uma daquelas mulheres bonitas e aflitas de seriados americanos de domingo (Army Wives - Mulheres do Exército, em português), que ficam esperando os maridos voltarem de guerras, e ela disse que "infelizmente sim". Fiquei curiosa se teria escolhido o marido sabendo que ele era um soldado e Myrella me afirmou sorridente, que teriam se conhecido na Coreia. Que "tarefa mais difícil", pensei!
    Depois de um tempinho de conversa de mulher pra mulher, sobre convicções de que somos bem mais fortes que os homens embora eles "saiam à luta", de como conseguimos bem melhor ter mais controle de nossas emoções que eles enfim (...), Myrella me disse que a oração foi o que mais deu forças a ela em todas as vezes que o marido estava fora, servindo. Ela, uma mulher forte, conseguiu sobreviver, como também, excepcionalmente seu casamento. Fim de papo, "I really appreciated"*, eu disse; cada uma de nós duas saiu correndo para ver os fogos do 4 de julho e aproveitar a vida; eu, feliz e satisfeita, por lembrar que minha vida não tem nada de extraordinário, e ela, mais feliz ainda por ter mais três dias de férias animados, coloridos com o azul turquesa do mar e outras coisas mais para aproveitar. Yes, "life is too short".


Mixtradução inglês-português:
* God bless the americans - "Deus abençoe os americanos"
* I really appreciated - Gostei muito!
* cool - legal!