domingo, 16 de fevereiro de 2014

MIXREALIDADE Nassau, Bahamas: crime abalando perfil do Turismo

Cruzeiros trazendo turistas diariamente: até quando?

    Semanas atrás um artigo interessante em site americano de cruzeiros descreveu Nassau como um lugar muito perigoso e advertiu turistas sobre drogas, gangsters e roubos. O mesmo fez a Embaixada Americana, que em seu site local se posicionou bem categoricamente em relação aos perigos da ilha. No ano passado um hóspede do famoso Hotel Atlantis foi baleado por um adolescente em plena ponte que liga a ilha (Paradise Island) à capital. Vista por fotos, Nassau e suas lindas águas azul-turquesa parecem ser o último paraíso. Contudo, sob um olhar mais próximo, fica evidente que sua popularidade tem mudado nos últimos anos. O crime e as críticas negativas dos turistas - que representam a maior fonte de renda no país - representam uma realidade que supera suas conhecidas características. O crescente e até hoje o maior registrado nível de violência apresenta ao lindo destino um próximo caminho à decadência.

     Para os turistas, Nassau se resume ao Centro e à ilha adjunta, Paradise Island. Mas eles mal sabem que a ilha é tão pequena que os guetos estão logo ali, facilmente encontrados a poucos passos de uma das duas poucas ruas principais. Traficantes e vândalos estão em todo canto e prontos para agir, a qualquer hora. Um recente artigo do tradicional bahamense jornal Tribune reportou a história do crime no país, concluindo que a violência está atualmente relacionada aos jovens. Más notícias: quem está matando agora tem entre 15 e 25 anos. E na verdade, para compreender as raízes dessa juventude insana não é preciso pensar muito. Crianças sendo criadas em um ambiente cheio de drogas, álcool e armas, com falta de figura de pai em casa, violência doméstica, escolas e vizinhanças rodeadas de gangues são incapazes de trazer melhores resultados.

    De fato, um dos maiores medos da sociedade é exatamente esse. Jovens, sem educação, desocupados, incapazes de viver em comunidade e armados com facas e armas. Quando se pensa sobre a população de Nassau - aproximadamente 400 mil habitantes - fica claro que a situação poderia ser mais fácil de lidar. Mas o governo parece estar mais interessado em promover o Turismo ao invés de ser consistente em medidas eficazes de o fazer adequadamente. Cuidar de seu povo não deve ser tão difícil. Seria legal entender algo simples: os mesmo hóspedes que lotam os hotéis hoje podem se arrepender, e em alguns meses nunca mais recomendar ou reservar as férias caribenhas novamente. Pensando assim, no futuro próximo a "ilha perigosa" poderia perder os bem-vindos lucros do Turismo e se tornar ainda mais pobre, implacável e abandonada.

         Para ler o texto em inglês, clique aqui

Realidade social e Turismo: mais próximas que nunca



      

sábado, 15 de fevereiro de 2014

MIXREALITY Nassau, Bahamas: dangerous but still welcoming guests?


Many cruises and tourists: so far, a routine in Nassau

     Weeks ago an interesting article (Cruiselawnews) described Nassau as a very dangerous place and warned tourists about drugs, local gangsters and robberies. So did the American Embassy on the main island. Last year a guest from the giant Atlantis Hotel was deadly shot by a teenager just near the Sidney Pottier Bridge, which connects the city to this resort, on Paradise Island. From the pictures, Nassau and its turquoise waters seem to be the ultimate paradise. However, taking a closer look, we realize the nature of this popularity has been changing. The crime and bad feedback from the visitors, which are the most important source of income in The Bahamas, are a reality that overcomes its well known characteristics. The ever-increasing level of violence presents to the beautiful destination a forthcoming way to decadence.

    For the tourists, Nassau is represented basically by its downtown and Paradise Island. They barely know that the island is so small that the ghettos are easily found in a few steps from the main street. The gangsters are around and ready to act anytime. A recent article on the popular Bahamian newspaper The Tribune reported the history of the crime in the country and related it nowadays to very young people. Bad news: who is "killing" now in Nassau is between 15-25 years old. To understand the roots ot this insane youth is not difficult. Better results cannot be brought by children being raised in an enviromment stuffed with drugs, alcohol and guns, lack of a strong father figure at home, domestic violence, schools and neighbourhoods riddled with gang activity.
 
    In fact, one of the society's biggest fears is exactly this. Young people, uneducated, bored, unable to live together and armed with knives and guns. When we think about Nassau's population's size, about 300.000 inhabitants, we could take the situation as much easier to handlle with. But the government seems to be more interested in promoting the Tourism, instead of being consistent about what is important to do properly. To take care of its people may not be so hard. It would be nice to understand a simple thing: the hotels are full today but maybe in a couple of months the same guests could regret it or never recommend these vacations anymore. Thinking this way, in the near future the dangerous paradise could lose the Tourism welcomed revenues and become poorer, ruthless and even more abandoned.


Social reality and Tourism: closer than ever

                                             Read the Article on Tribune 242 Online


PS. On the homepage Virtual Tourists there are many warnings for people who intend to come to Nassau. The author was impressed about the easy way to drugs, the cheating of the cabs drivers, the unprofessionalism of the jewelry stores, expensive restaurants and unreliable locals doing the typical hair braids and anything else. What a shame!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CULTIENTREVISTA Willis and Illest: reagge "jamaicano" com estilo nas Bahamas


Willis e Mandisa: vozes que se afinam desde o começo da banda

    A banda mais popular de Nassau (Bahamas) não tem nada a ver com o folclore caribenho Junkanoo. Um mix de soul, jazz e funk ao som original do reggae de influência jamaicana é o que apresenta Willis and Illest em suas letras baseadas em amor, união e liberdade do espírito. Em uma indústria de consumo onde o reggae muitas vezes é discriminado a banda bahamense emerge com força, mostrando que vale muito a pena fazer música de coração e que o poder de seu estilo musical tem tudo para prosperar aos quatro cantos do mundo.

    Iniciada em 2008, a banda começou quando o vocalista Willis, que anteriormente já gostava de compor e tocar para si, juntou uns amigos para fazer música. Do encontro até hoje, estão ele e a vocalista Mandisa, que completa o estilo da banda com seu vozeirão, além de outros músicos, alguns estudiosos da música, uns adeptos a estilos diferentes.  Saxofone, órgão, violão espanhol e teclado, entre outros instrumentos, dão a Willlis and Illnest um tom eclético, resultando num reggae harmônico e diferente de se ouvir. E assim o grupo parece encantar quem gosta e até quem não é “muito fã” de reagge.

    Mesmo lotando as casas onde toca, o vocalista e empresário da banda Willis mudou de assunto várias vezes e, com sorriso modesto, resistiu a considerar que Willis and Illest seja a banda do momento em Nassau. Em entrevista exclusiva ao Mixculti, o cantor revelou suas inspirações - Bob Marley e o movimento rastafari – e ressaltou que, apesar da influência da Jamaica, o aspecto mais bahamense da banda seja o conteúdo de suas letras. “A nossa real mensagem  é o amor, a história e a verdade. Nossa música traz motivação pra voltarmos a ser um povo unido”, lembrou.

    A banda, cujo primeiro e único album inclui o sucesso “Hey” -  já está trabalhando em seu segundo disco, que deve ser lançado em “singles” (como músicas individuais a serem compradas na  mídia) e vai abordar temas mais patrióticos e sociais. Fora as dificuldades da indústria musical,  o  único problema no momento “é não ser reconhecido como um reggae bahamense”, conta Wiilis. “Sabemos dos problemas que fazem parte (da indústria) do consumo, mas não vamos desistir de continuar fazendo música de coração e não para vender”.

    Enquanto vai se aproximando do objetivo de viajar o mundo, a banda que já fez alguns shows em solo americano e almeja a Europa no proximo verão vai comemorando suas conquistas. Uma delas – e mais recente – a publicação na MTV de seu clipe “Lion in the Jungle” (ver clipe abaixo), filmado na famosa Bay Street de Nassau. E o trabalho apenas comecou, afima com veemência Willis. “Melhorar a performance, conhecer outros artistas e explorar a criatividade, isso sempre queremos realizar”, lembrou o vocalista, que por sinal adoraria um dia se apresentar no Brasil.

To read the text in English


Conheça os clipes da banda:

Lion in the jungle:
http://www.youtube.com/watch?v=N_53IZL9fhc

Hey:
http://www.youtube.com/watch?v=BJol-C9td9g

CULTINTERVIEW Willis and Illest: "Jamaican" reggae with style in the Bahamas

Willis and Mandisa: voices together since the beginning, in 2008
 
    The most popular band in Nassau (Bahamas) has nothing to do with the Caribbean folklore Junkanoo. A mix of soul, jazz and funk with the original sound of Jamaican reggae influence is what Willis and Illest presents in his lyrics based on love, union and freedom of spirit. In an industry where reggae is often discriminated, the Bahamian band emerges with strength, showing that it is worthwhile to make music from the heart and confirming that the power of his musical style has everything to thrive to the four corners of the world.

    Initiated in 2008, the band started when singer Willis, who has previously enjoyed composing and playing for himself, joined with some friends to make music. From the initial meeting till today the band is formed by singer Mandisa - supplementing the band's style with her booming voice - as well as some other musicians, some scholars of music, some adherents to different styles. Saxophone, organ, Spanish guitar, keyboards, among other instruments give Willlis and Illest an eclectic tone, resulting in harmonic reggae and very unique to listen to. And with this sintony the group seems to attract those who like and even those who are not "a big fan" of reggae.

 
    Filling up the venues where they play, the vocalist and band manager Willis changed the subject several times, and with a modest smile, resisted considering that Willis and Illest is the band of the moment in Nassau. In a exclusive interview to Mixculti, the singer revealed his inspirations - Bob Marley and the Rastafarian movement - and reminded that, despite the influence of Jamaica, the most Bahamian value of the band is the content of his lyrics. "Our message is real love, the story and the truth. Our music brings motivation to go back to being united people", he recalled.

    The band, whose first and only album includes the hit "Hey" - is already working on his second album, to be released in " singles " (as individual songs to be bought in the media ) and will address patriotic and social issues. Except the difficulties of the music industry,  "the problem at the moment is not being recognized as Bahamian reggae", says Wiilis Knowles. "We know the problems as part of the industry of the consumers, but we will not give up to continue making music from the heart and not music only to sell."

    While his goal of traveling the world is not yet achieved, the band - who has already played on American grounds and aim to be in Europe next summer - can celebrate his conquests. One of them, and the most recent, the publication of the videoclip on MTV "Lion in the jungle", filmed in the famous Bay Street in Nassau. And the work has just started, says Willis. "Improve performance, meet other artists and explore creativity are things that we really want to accomplish ," said the singer, who by the way would love one day to perform in Brazil.

Click below to watch the clips:

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

MIXDICA Iphone 5 Apple: melhor comprar uma maçã


Mais leve, mais caro (por enquanto), mais fino, maior e pior de todos. Assim é o Iphone 5. Depois que comprei, me arrependi amargamente...Quase 700 dólares para um radar confuso de wireless que sempre perde sinal e uma bateria designada para aguentar até 225 horas em modo stand by mas que não funciona mais que um dia - mesmo se você não fizer nada!!!! Amigos e conhecidos que compraram tiveram o mesmo problema. Na loja autorizada em Nassau, eles dão a desculpa de o aparelho estar "normal", compensam com a grande dica de "desativar" o 3G. A bateria do meu Iphone antigo - o 4 - durava muito mais que dois dias, mesmo com muito uso...Realmente uma pena mas é verdade, a qualidade dos produtos da Apple caiu muito. Para ter uma prova disso, é so comparar o Macintosh antigo com qualquer um dos atuais. O macbook Pro, por exemplo, sempre abre uma janela inesperadamente, demora séculos para abrir ou fechar um programa, e às vezes o teclado trava do nada. Antes de comprar qualquer coisa da Apple agora, acho que prefiro ir ao mercado comprar uma maçã... :(

PS. Queria ressaltar que dois amigos me escreveram elogiando o Iphone 5. Claro que toda regra tem exceção e nem todo mundo tem a mesma sorte...

terça-feira, 3 de setembro de 2013

End of “Maternity Leave"

    MIXBABYCULTI is almost a little man!

    They say that everything that is good doesn’t last, but I must confess that my "maternity leave" in Mixculti lasted even too long. During my pregnancy I was lucky that I hardly had morning sickness, was hardly tired and lethargic. I was complete, in  love with my little angel in the belly, so I just wanted to enjoy every moment. In fact, being pregnant in the Bahamas was wonderful! Laziness was the only thing that got to me...
    On the 3rd of May of this year, I experienced the most fascinating and strongest feeling, the love purest and true that makes the whole world go round. Cauan Daniel came into the world, a healthy baby, giving us a lot of work and bringing much happiness to our home. Like a prince, looking heartthrob and Brazilian Tupi Indian name, my boy came as a true mix,  well, actually a baby mixculti;) ... Son of a Brazilian mother, Swiss father and born in Nassau, Bahamas, but without Bahamian nationality - and how can this be? Yes, babies born children of foreigners in the country are only entitled nationality at age 18 if they wish to reside in the islands. Patriots the Bahamians, aren't they? But okay, so are we. Besides two passports are more than enough ...
    Well, to complete my happy return message to Mixculti, for those who were curious, Cauan means hawk, warrior, someone very creative and with a lot of strength to live. But that's what is said in general. Of course I will not fail to express here my Proud Mommy side: MY Cauan Daniel is very cute, handsome and yummy, he is a calm baby, a great son (sleeps through the night), a wonderful companion go’s with Mom everywhere - and best gift that God could give me.
    Today after three months, my little bundle of joy continues to be a fan of breast milk, enjoys the beach like a fish, gives out charming smiles wherever he goes. Full of charm and with lots of hair from birth - has even had his first cut with his multimommy coiffeur - Cauan is almost a little man. Doesn’t like to stay out of anything, rather, likes to be a part of it all. Loves animals, nursery rhymes, cardio and stretching exercises that use a lot of energy. Like every “modern” child enjoys skype. Favorite genre: drama, can cry and smile at the same time ... In his spare time, loves to go out, take a good nap and twirl around the room, even to end up under the couch to have someone to "save" him. And so, Mommy and babyculti go into the mixroutine and enjoying life. Happily ever after.

Happy during the pregnacy and forever...


For portuguese version:
http://mixculti.blogspot.com/2013/08/fim-de-licenca-maternidade-mixbabyculti.html


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

MIXINTERESSANTE Esporte suíço chama atenção do mundo

Até na Suíça tem "cuecão de couro"  hehe...   foto: schwingenonline.ch

Ninguém poderia esperar que um país neutro como a Suíça tivesse sua própria modalidade de luta. De nome originado na parte alemã, a Schwingen começou como uma luta regional específica de três cantões na época medieval e foi oficialmente instituída como esporte nacional no Festival de Ginástica em Lausanne em 1855. Hoje, o campeonato que acontece num anel de serragem a cada três anos na Festa Federal de Luta Suíça e Jogos Alpinos é muito mais que apenas uma tradição. A festa do esporte mais antigo do país chama atenção de todo o mundo e este ano contou com a participação de mais de 250 mil espectadores. 

O que era então um modesto festival nativo virou um grande evento. Baseado na “simples” regra onde o adversário deve derrubar o outro de costas, o campeonato é geralmente formado por participantes fortes e “machos", trajando camisa, calça, suspensório e uma espécie de calção marrom afivelado. Vários vencedores são premiados, mas somente o principal sai da luta como o “rei Schwingen” e recebe um touro como valor simbólico, que este ano logo foi devolvido e trocado por 22 mil francos suíços em dinheiro.

Matthias Sempach foi nomeado o rei do evento este ano, que contou com um orçamento de 25 milhões de francos, cinco mil homens do exército helvético e quatro mil voluntários que trabalharam num total de 70 mil horas. Além dos espectadores nacionais, a Schwingen 2013 contou com a cobertura de jornais de todo o mundo, cujas equipes presenciaram a emoção e o patriotismo helvético da festa em Burgdorf, capital da região Emmental (de onde vem o famoso queijo Emmentaler), no cantão de Berna. 




sábado, 31 de agosto de 2013

MIXReflexão

Falta demais no mundo: elegância

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detecta-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detecta-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detecta-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber disso...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo.
É elegante a gentileza...
Atitudes gentis, falam mais que mil imagens.
Abrir a porta para alguém... é muito elegante.
Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante.
Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza pela observação,
Mas tentar imita-la é improdutiva.
A saída é desenvolver a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura.

(Martha Medeiros)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Fim de "licença maternidade"


    MIXBABYCULTI é quase um homenzinho!


    Dizem que tudo que é bom dura pouco, mas confesso que minha licença de mamãe no Mixculti durou até muito. Durante minha gravidez de sorte quase não tive enjôo, inchaço, indisposição nem cansaço. Desejos sim, mas só aqueles de felicidade. Estava repleta, completa, maravilhada com o meu anjinho na barriga. Só queria aproveitar cada momento. Aliás, estar grávida nas Bahamas foi maravilhoso! Mas foi aí que o tal bicho preguiça me pegou...
     No dia 3 de maio deste ano, experimentei o sentimento mais terno e fascinante, o amor mais puro e verdadeiro que faz o mundo inteirinho girar.  Cauan Daniel veio ao mundo cheio de saúde, trazendo muito trabalho e felicidade ao nosso lar. Com porte de príncipe, olhar de galã e nome indígena tupi brasileiro, meu menino veio bem misturadinho, realmente um bebê mixculti ;) … Filho de mãe brasileira, pai suíço e nascido em Nassau, Bahamas, mas sem nacionalidade bahamense – e como é que pode isso? Sim, os bebês filhos de estrangeiros nascidos no país tem direito à naturalidade somente aos 18 anos, caso queiram residir nas ilhas. Patriotas eles, não?! Mas tudo bem, nós também somos. Além disso, dois passaportes são mais que suficientes…
     Bem, para completar minha feliz mensagem de retorno ao Mixculti, para quem ficou curioso, Cauan significa gavião, guerreiro, alguém muito criativo e que tem muita força para viver. Mas isso é o que se diz em geral.  Evidentemente não vou deixar de registrar aqui o meu lado mamãe coruja: o MEU Cauan Daniel é muito bonito e gostoso, um bebê calminho, um ótimo filho (dorme a noite toda), um companheiro maravilhoso – vai com a mamãe para todo lugar – e o melhor presente que Deus poderia me dar.
    Hoje aos três meses, meu pacotinho continua fã de leite materno, aproveita a praia como um peixinho, distribui sorrisos e anda encantando por onde passa. Cheio de charme e cabeludo desde o nascimento – já até teve seu primeiro corte com a multimamãe coiffeur – Cauan já é quase um rapazinho. Não gosta de ficar de fora de nada, pelo contrário, quer mesmo é participar de tudo. Se interessa por animais, cantigas de roda, exercícios aeróbicos e de alongamento que gastem muita energia. Como toda criança “moderna”, curte um skype. Gênero favorito: drama; consegue chorar e sorrir no mesmo momento... Nas horas vagas, adora sair, tirar uma boa soneca e rodopiar pela sala até parar debaixo do sofá e alguém ir "salvar". E assim, mamãe e babyculti vão entrando na mixrotina e curtindo bem a vida. Felizes para sempre.
Feliz na gravidez e refleta de felicidade hoje


 For english version:
http://mixculti.blogspot.com/2013/09/end-of-maternity-leave.html