domingo, 11 de novembro de 2012

FURACÕES: por que eles têm nomes de menino e menina


     Duas semanas depois que o super furacão Sandy passou por Bahamas e chegou arrasando a costa americana, principalmente nos arredores de Nova Iorque, emergiu de seus rastros a dúvida: por que uma super poderosa força em forma de tempestade tropical teria um nome tão dócil e feminino como Sandy? Quais são os critérios para nomear um furacão? 

        Antigamente as tempestades com mais de 74 milhas ou 119 km por hora, classificadas como furacão, eram batizadas com o nome do santo do dia em que ocorreram. Se dois furacões se formassem na mesma data, a mais recente tempestade tinha um sufixo incluso em seu nome. Mais tarde as posições de latitude e longitude foram utilizadas no processo de nomeação, mas este método era confuso durante a comunicação de rádio e propenso ao erro. Por isso os EUA o vetou em 1951 a favor de um sistema de nomeação com base no alfabeto fonético desenvolvido pelos militares, o que também não deu certo por ser complicado.

      Os meteorologistas começaram a usar nomes atribuídos pelo Centro Nacional de Furacões. Inicialmente todos os nomes eram femininos e em 1979 foram introduzidos nomes masculinos. Hoje os nomes dos furacões são determinados pela Organização Meteorológica Mundial, com sede em Genebra, responsável por atualizar as listas das seis regiões do mundo. Mantidas em constante rotação, as listas são repetidas a cada seis anos.

       Porém no caso de um furacão ser especialmente custoso ou devastador, seu nome é retirado da lista seja por respeito aos mortos ou para facilitar seu uso em referências históricas, processos legais ou reclamações de seguros. Dessa forma por exemplo certos nomes de furacões “entram para a história” e saem da lista, sendo substituídos por outra nomenclatura, como foi o caso em 2004 do nome Gaston que substituiu o masculino Georges, que em 1998 deixou mais de 300 mortos na República Dominicana e Haiti.

            



Nenhum comentário:

Postar um comentário