terça-feira, 8 de maio de 2012

Oposição vence eleições nas Bahamas

                                         
      O Partido Liberal Progressista (PLP) consolidou ontem uma das maiores vitórias eleitorais na história das Bahamas, tomando o poder das mãos do conservador Movimento Nacional Livre (FNM). Com o recorde de eleitores (número não divulgado), o partido esquerdista liderado por Perry Christie garantiu 29 assentos dos 38 disputados no Parlamento - 20 deles na região New Providence, onde se situa a capital Nassau. A surpresa decepcionou o derrotado partido de situação, FNM, que precisou se conformar com apenas nove posições no poder.
     Como consequência da futura mudança no poder das ilhas Bahamas, o (até então) primeiro ministro, Hubert Ingraham, renunciou a liderança de seu partido (FNM) após quase 30 anos de exercício político - 15 deles como primeiro ministro de 1992-2002 e de 2007-2012. Após a "derrota vergonhosa" admitida, o candidato preferiu desistir a ser minoria no Parlamento. "Devo voltar agora para minha vida privada de onde eu vim", afirmou.
      Durante a campanha política, o FNM tentou convencer o eleitorado a mais um voto de confiança, alegando que o governo seria reconstruído nos próximos anos. Mas os bahamenses  votaram pela mudança. Fatos como a alta taxa de desemprego (15%), a economia enfraquecida e o recorde de 127 assassinatos no país no ano passado justificaram a massiva vitória do PLP. Em evento comemorativo, ontem, o líder Perry Christie agradeceu os votos, admitindo que as eleições  foram "amargamente" disputadas. "Agora que acabou, chegou a hora do trabalho duro, da cura nacional para as ilhas Bahamas", proclamou o novo premiê.
      Entre as promessas do PLP (cujo líder já esteve no poder de 2002 a 2007) estão o reforço à economia e o aumento do investimento em educação e formação. Além do compromisso em baixar a taxa de desemprego, o partido visa proteger as fronteiras nacionais a fim de acabar com o tráfico humano, a imigração ilegal e o contrabando de armas e drogas, o que contribuiria para um arquipélago mais seguro.
     

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