terça-feira, 23 de agosto de 2011

MIXALERTA: "Start to get prepared NOW! The Hurricane Irene is coming!"

   Parece até brincadeira, mas é assim que Nassau, a capital das Bahamas se encontra: em alerta! Um dia antes de ser atingida pelo furacão Irene, as portas do comércio já estiveram praticamente "lacradas" com madeiras para proteger os vidros. Os grandes e seguros hotéis, sem reservas; nenhum quarto mais esteve disponível para abrigar quem estava fugindo do medo de amanhã. Muitos barcos já se encontraram estacionados fora dos portos. Nos mercados faltou até banana nas prateleiras, entre outros alimentos fáceis para suprir prováveis dias difíceis. A cidade viveu hoje um ritmo diferente, estranho. Os únicos que pareciam sossegados eram os bahamenses - sem exceção, todos questionados onde iriam "esperar" a tal visita, disseram que em casa mesmo, no problem. Afinal as Bahamas já estão acostumadas com o evento apesar das alertas nas tvs, principalmente americanas: "Comecem a se preparar AGORA, o furacão Irene está chegando!"
    Eu, como estrangeira e inexperiente em temas de furacões, fiquei com medo. Assistindo tv e percebendo as proporções do Irene, fiquei balançada. Nessa situação de iminente emergência qualquer coração dispara quando se escuta as dicas de preparação para a chegada dos ventos a mais de 100 km por hora. Encher o tanque de gasolina, comprar velas, muita água e comida, além de variados números de telefone de emergência, repórteres falando de intensificações - "da categoria 3 o Irene poderia chegar a 4" - todos os amigos ligando para saber para onde ir. Pode parecer drama, mas tudo isso me tirou do sério; minha ficha foi realmente caindo durante o dia, ainda mais quando perdi com meu marido o último vôo possível para escapar pras Ilhas Cayman. 
    A partir de então comecei realmente a me preparar, afinal eu sou uma dos locais que vão ficar na ilha. Com fé em Deus e janelas hurricaneproof, não haverá problema, mas é claro que tenho na imaginação cenas de pânico e  aterrorizantes barulhos que poderiam rolar de verdade e, diga-se de passagem, não seriam nada engraçados...A força da natureza, ventos radicais puxando tetos, carros, decks e árvores voando, coisas de filme, enfim, deixa isso pra lá...Melhor falar de estatísticas. O furacão Irene se formou na verdade pela primeira vez no Atlântico em 2005, com categoria 2 (o máximo da escala Saffir-Simpson é 5), sem deixar rastros de destruição.


    A diferença dos seis anos de sua aparição é que desta vez o Irene está atingindo países. Considerado pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA como uma "tempestade muito grande", o Irene  já passou pelo Haiti, Porto Rico, República Dominicana, está prevista para atingir toda as ilhas Bahamas e ameaça alcançar no fim de semana toda a costa leste americana, como por exemplo, os estados Flórida, Carolinas do Norte e Sul. Ter consciência de seus ventos de 160 Km/h, que eles chegam em menos de 24 horas e podem se fortalecer ou não, essa é a parte mais dura para quem vivencia um furacão.  Nesse momento só peço a Deus que o olho do Irene não nos enxergue. Como dizia minha vó, "agora durma com uma zoada dessas".

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