terça-feira, 14 de junho de 2011

MATÉRIAMIX: As apaixonantes e paradas ilhas Bahamas

      Toda a maravilha que se vê sobre as Bahamas em cartões postais e revistas pelo mundo afora não é efeito fotográfico, realmente existe. A harmonia perfeita de águas azuis-turquesa com peroladas areias brancas e lindos corais localizados a baixas profundidades encanta seus visitantes e também seu povo, "bem" acostumados com um dia bonito de sol atrás do outro. A beleza do mar raso das setecentas ilhas situadas entre o Oceano Atlântico e o Mar do Caribe incitou Cristóvão Colombo a batizar o país em 1942 de Bahamas ("baja mar" em espanhol). Hoje o país que já passou por diversas colonizações, é independente, não exige impostos de seus habitantes e busca sua identidade cultural entre os resquícios de colonização inglesa e o vizinho "american way of life".
      Quem passear por Nassau - capital de Bahamas que abriga pelo menos um terço da população do país - terá a oportunidade de vivenciar não só os deleites turísticos, como as apaixonantes praias e a famosa conch salad (espécie de salada vinagrete com frutos de conchas do mar). Além das estudantes trajando tradicionais uniformes, a mão inglesa - que deixa o trânsito ainda mais complicado na cidade - é um dos indícios de como os bahamianos ainda vivem dentro do rótulo inglês. Aos domingos, saem das igrejas debaixo de um sol escaldante aquelas senhoras negras "chiques no último" de chapéu, roupas, meia-calça, make-up e jóias combinando (diga-se de passagem, os diamantes bahamianos são tax-free). Mais adiante, o guarda de trânsito parece estar vivendo no mundo de séculos atrás: sob a mesma alta sensação térmica, ali está ele de peruca branca como aqueles lordes de pinturas antigas do Renascimento.
      Apesar de serem independentes, as Bahamas são uma monarquia constitucional da Comunidade Britânica, que é uma organização entre alguns países de língua inglesa, cujos membros são administrados pelo rei/rainha do Reino Unido sob ponto de vista de defesa e relações exteriores. Internamente, desde 1973, os bahamianos têm suas próprias regras, e como já denota o pouco tempo de experiência no assunto, o sistema do país reflete suas águas paradas, calmas e tranquilas. Ou seja, tudo acontece em "ritmo de ilha" mesmo: motorista pára no meio de rotatória para conversar, sistema cai sem previsão de volta, supermercado depende de container, "quem tem horas, pra quê?" A ameaça de furacões durante o verão não parece incomodar a população composta de 85% de negros e 15% de brancos (entre eles estrangeiros que adotaram o país). Mas também como abalar? A vida no Caribe é tranquila até demais...
      Concorrência com o estrangeiro eles não têm, afinal este deve chegar na ilha por meio de casamento bahamiano ou compra de visto de residência. Além disso não é permitido o trabalho ao estrangeiro, ao menos que o mesmo (ou sua firma) pague caro pelo visto de trabalho - entre $250 a $7.500 dólares - e comprove que o bahamiano não estaria apto para ocupar tal vaga. Além do inglês, que é a língua oficial, também é falado no país o crioulo bahamiano - mistura de inglês com espanhol e línguas africanas trazidas pelos escravos da África levados ao Caribe. Já as moedas adotadas são o dólar bahamiano e o americano, ambos com mesmo valor de câmbio.
      O turismo é o maior responsável pela receita do conjunto de ilhas. Em  Paradise Island, ilha adjunta a New Providence, está situado o gigantesco complexo de hotéis do país - o Atlantis, do mesmo grupo que ergueu projeto em Dubai com famosas ilhas artificiais em forma de palmeiras. Uma das fortes atrações turísticas de Nassau, o conglomerado emprega cerca de seis mil bahamianos. As pequenas ilhas de Bahamas também constituem famosos destinos românticos de luas-de-mel; eventos inusitados como casamentos debaixo d'água e passeios de integração com tubarões são atividades quase que rotineiras. O segundo lugar da economia ocupa o setor financeiro - que contribui para a existência de inúmeros bancos estrangeiros instalados no país.

2 comentários:

  1. Bahamas parece um bom lugar para um passeio romântico ou mesmo para quem quer viver relaxado, não?

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  2. ahhh, haha, JPassaro é o Thiago, da ECO hahaha ;)

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