sexta-feira, 23 de março de 2012

MIXDICA TuneIn: mais "mixculti" não existe!

Poucos anos atrás quem poderia imaginar a idéia de ouvir rádios de todo o mundo? Pode até parecer impossível, mas o aplicativo TuneIn mostra que a globalização realmente não tem limites. Disponível para smart phones, Ipods, Ipads e Iphones, entre outros, o aplicativo sintoniza mais de 50 mil estações de rádio do Hawaí a Tóquio, sem custar um centavo. Além de variados estilos de música - que por sinal, também podem ser escolhidos por região ou país - a novidade permite descobrir muitos programas de esporte, política, shows ao vivo e notícias em diferentes idiomas do globo. E o mais interessante, fora tudo isso, é a possibilidade de criar playlists bem legais, e até gravar músicas que nunca pensamos em ouvir um dia. Fascinante, não!? O mixculti se apaixonou! ;)

Para saber mais, visite http://tunein.com/

quinta-feira, 15 de março de 2012

MIXOPINION: ARE WHITE LIES REALLY A BRAZILIAN TRAIT?



     By reading the Helen Joyce's article ("Which is the best language to learn"), an expression  called my attention. "White liars" was used to describe us, Brazilians. "Mentirosos brancos". I was shocked. After understanding the expression in English, it became evident. Even if I wanted, I wouldn't have chance to deny. The "white lie" is really part of our culture; generally we aren't practical, nor direct and most of the time we speak something just to speak, by intending only to count on easier, more favouring and/or comfortable situations.
     Whoever doubts that, for sure is already lying. How many times have we met somebody and said "ah, we have to get together, drink something", "I am gonna call you" or "come to my place", even if actually it was more than clear that nothing of that sort was going to happen?! My husband - who is Swiss - was often confused, without understanding what was going on in Brazil. Where he lived, he's heard a set of ten times some of these blahblahblahs, and nothing ever happened. Very different from Switzerland: there, when someone says he's going to call you, he does; when a date or something is fixed, it really happens. Actually, without any problem those that someone want to be invited are. And something fixed for 8h, for example, is not going to take place at 9, 10h...
    In fact, we know our people. The brazilian normally gets offended for very little things, he is proud. It doesn't exist in Brazil to invite someone to a party, and a friend of this person do not to be on the list. Otherwise a fight or something happens for sure. One day I had a discussion with my mother, she was lying for nothing, small things; she was not able to say "no" to others. She justified it afterward that she was just avoiding stress with people.
     Ok, but what to do then? In a society where very few people are sensible, to be direct is almost impossible. Although very creative, the brazilians aren't always successful in their communications. Instead of being practical, we rather "let the life take us", which is in some way positive, but on the another side it can make things more difficult or complicated. We end up just searching for other ways. Facing requests, it's very difficult for us to deny, to say "sorry, I am not able to do it". In this case it's just easier to disappear ( by "giving a cake" in our language) or creating a "white lie". By the way, who has never framed a small lie to escape from a problem?
     The thing is, as the lie, the small lie has also "short legs" (in Portuguese it's like saying "the lie cannot go so far"). As proof, the foreign writer described quite well the famous white liar. In this case, a frivolous and shameless lie that is not a big deal, just a Brazilian trait. But what could be funny and easygoing, can also worry; such a characteristic associates us with unreliable people, besides raising objections to solid friendships. Because it's a custom and unconsciously connected with our behavior, we can even believe nobody notices it. In the end, who cares if someone else sees us this way or it gets boring for us? Afterwards we can invent something to apologize, no!? ;)

PS. This is the first article in English at Mixculti. Please give your opinion.
PSiu! Para ler em português o mesmo texto, veja abaixo. 

E para ler o texto da colunista Helen Joyce (que citou a tal "white lie"), clique no link:

http://moreintelligentlife.com/content/ideas/helen-joyce/brazilian-portuguese-best-language 


domingo, 11 de março de 2012

MIXOPINIÃO Jeitinho brasileiro: a tal "mentira branca" está mais que enraizada na nossa cultura

   
     Ao ler o artigo abaixo da Helen Joyce ("Qual a melhor língua para aprender"), uma expressão  utilizada para nos descrever me chamou atenção. "White liars"*. Tomei um susto. Fomos chamados ao pé da letra de "mentirosos brancos". Após entender a expressão em inglês, a quase ofensa se transformou em evidência. Mesmo que eu quisesse, não teria como negar. A tal mentirinha faz mesmo parte da nossa cultura; geralmente somos pouco práticos, nem um pouco diretos e muitas vezes falamos algo só por falar com o intuito apenas de dispor de situações mais fáceis, favoráveis e/ou confortáveis.
    Quem duvida disso, já está mentindo. Quantas vezes já encontramos alguém, e falamos, "ah, vamos combinar para tomar algo!", "vou te ligar" ou "passa lá em casa", mesmo quando na verdade estava mais que claro que nada disso iria acontecer?! Meu marido - que é suíço - ficou muitas vezes sem entender o que rolava no Brasil. Onde morou, escutou dezenas de vezes uns blablablas como esses e nada aconteceu. Diferente da Suíça: quando alguém fala que vai ligar, liga; quando marca para aparecer, aparece. Na verdade, lá se convida quem se quer convidar. Algo marcado pras 8h, por exemplo, não acontece lá pras nove ou dez...
    O fato é que a gente já conhece nosso povo. O brasileiro se ofende por muito pouca coisa, é orgulhoso. Não existe no Brasil você convidar alguém para uma festa, e outra pessoa amiga  ou conhecida desse convidado não estar na lista. Daí é briga na certa. Certo dia tive que chamar atenção  da minha mãe, ela estava mentindo por nada, bobeirinhas, não conseguia falar "não"; depois me justificou que era para evitar estresses com as pessoas. 
    Mas também fazer o quê? Numa sociedade onde poucos têm senso, é quase impossível ser direto. Apesar de muito criativos, os brasileiros nem sempre tem êxito em suas comunicações. Ao invés de  sermos práticos, preferimos "deixar a vida nos levar", o que em certo ponto é positivo, mas por outro lado, pode ficar muito mais difícil ou complicado. Acabamos buscando outros caminhos. Diante de um pedido, é muito difícil para gente negar, dizer que "não vai poder fazer". Mas fácil nesse caso é "dar um bolo", não aparecer ou inventar um imprevisto. Por falar nesse último, quem já não criou uma mentirinha para se sair de um problema?
    Acontece que, como a mentira, a mentirinha também tem perna curta. Prova disso, a autora estrangeira conseguiu definir muito bem a mentira branca brasileira. A tal mentira fútil  e sem vergonha que não é grande coisa, mas faz parte da nossa rotina. O que chega a ser engraçado, descontraído também preocupa: a tal característica nos associa à pouca confiança, além de dificultar amizades sólidas. Por questão de costume e por estar inconscientemente ligada ao nosso comportamento, podemos pensar que o hábito passa despercebido. Mas a quem interessa se alguém notar ou ficar "chato"? Depois a gente inventa algo para pedir desculpas, não?! ;)

White liars: mentirosos brancos


sexta-feira, 9 de março de 2012

MIXINTERESSANTE: Which is the best language to learn?

  Qual a língua que mais vale a pena investir no mundo de hoje? Hummm parece ser o português. O tal do brazilian portuguese. De acordo com o site More Intelligent Life - versão online da revista de cultura Intelligent Life (The Economist) - imensidão em área, maior floresta do mundo, bom momento econômico, tempo maravilhoso, praias lindas e muita gente bacana (e mentirosa!) para praticar a língua estão entre os motivos que fazem do nosso idioma uma "escolha racional".

                                    

;)

If you want a decent return on your investment, says Helen Joyce, the best language to learn is Brazilian Portuguese...
Some lunatics learn languages for fun. The rest of us are looking for a decent return on our investment. That means choosing a language with plenty of native speakers. One spoken by people worth talking to, in a place worth visiting. One with close relatives, so you have a head start with your third language. One not so distant from English that you give up.
There really is only one rational choice: Brazilian Portuguese. Brazil is big (190m residents; half a continent). Its economic prospects are bright. São Paulo is Latin America’s business capital. No other country has flora and fauna more varied and beautiful. It is home to the world’s largest standing forest, the Amazon. The weather is great and so are the beaches. The people are friendly, and shameless white liars. You’ll be told “Your Portuguese is wonderful!” many times before it is true.
You won’t need a new alphabet or much new grammar, though you may find the language addicted to declensions and unduly fond of the subjunctive. You’ll learn hundreds of words without effort (azul means blue, verde means green) and be able to guess entire sentences (O sistema bancário é muito forte: the banking system is very strong). With new pronunciation and a few new words you’ll get around in Portugal and parts of Africa. If you speak Spanish, French or Italian, you’ll find half the work is already done — and if not, why not try? With Portuguese under your belt you’ll fly along.
Best of all, you’ll stand out. Only about 10m Brazilians have reasonable English, and far more Anglophones speak French or Spanish than Portuguese, of any flavour. I did not choose this language; it was thrust on me by the offer of a job in São Paulo. But when I think of my sons, now ten and five, one day being able to write “fluent Brazilian Portuguese” on their CVs, I feel a little smug.

Helen Joyce is The Economist's São Paulo correspondent

http://moreintelligentlife.com/content/ideas/helen-joyce/brazilian-portuguese-best-language

P.S. Muito legal! Thank you, I felt also a little "smug", Helen Joyce.